neste mês de fevereiro, logo no dia um, por volta de 1908 deu-se o regícidio. a História explica-o e cada um interpreta-o à sua maneira. nota introdutória só para aquecer o teclado. está frio, chove, e a “doris storm” parece ainda ter capacidade de agitar ( a orla marítima, pelo menos).
agora, a sério:
ao longo dos últimos dias de 2016, e agora no início de 2017, registaram-se desaparecimentos de blogues. desses desaparecimentos, cada um , interpretará como muito bem lhe aprouver. falo no assunto porque a escrita que deles resultava era servida em bandejas de superior qualidade. como nunca gostei de fazer tpc’s , não cuidei de pesquisar bem neste mundo de escritos aprumados, quem eram, e como se chamavam estes lugares. desconheci-a-os. estive mal. quando me deu para o desabafo em notas de rodapé, pairei sobre muitas realidades, e não estava ciente da filiação que iria criar com as descobertas que ia fazendo. foram lentas- porque preguiçosa- e agora que me tinha acostumado ao convívio, as portas fecham-se. aconteceu com o blog da uva passa, com talqualmente outro, agora com notas de chá. este último, por ter sido o primeiro de 2017 fez-me mossa.
descobri há um tempinho estes: a faca não corta o fogo, sítio das pequenas coisas, à esquina da tecla, atravessado, impontual. atalhos de campo, voz à solta, Maria Eu, , Linda Blue... ( as últimas, há mais tempo).fiz-me visita, embora às vezes lhes falhe no bater à porta. agora, era para dizer que, caso tenham que sair, pensem bem, porque isto da gente se acostumar à vizinhança e depois vir este abandono, custa.
vale ainda ter muitos outros que parecem estar para ficar. e são alguns. e dos bons. estão todos guardados ali, numa gaveta bem arejada e cheirosa, e se não os revelo, é porque não carece. eles sabem bem quais são. são de há mais tempo. descobrimo-nos numa reciprocidade simpática. de outros fui expulsa. lá saberão as razões.